Débora Rosane
1 min readAug 15, 2019

SONETO DA REVISÃO TEXTUAL

De tudo ao texto dos outros serei atenta.

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face ao maior erro

não terei desencanto, ainda que dê risada do meu sofrimento.

Quero lê-lo em cada vão momento

E em seu lapidar espalhar minha revisão

E rir seu riso e derramar seu pranto

Ao seu pontuar ou ao seu descabimento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe o autor, angústia de quem revisa,

Quem sabe a reescrita, fim de quem faz copidesque,

Eu possa me dizer dos textos (que li):

Que não seja imortal, posto que é "cilada, Bino!"

Mas que seja infinito enquanto corrigido.

O texto nasceu em 05/06/2012.

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