1 min readAug 15, 2019
SONETO DA REVISÃO TEXTUAL
De tudo ao texto dos outros serei atenta.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face ao maior erro
não terei desencanto, ainda que dê risada do meu sofrimento.
Quero lê-lo em cada vão momento
E em seu lapidar espalhar minha revisão
E rir seu riso e derramar seu pranto
Ao seu pontuar ou ao seu descabimento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe o autor, angústia de quem revisa,
Quem sabe a reescrita, fim de quem faz copidesque,
Eu possa me dizer dos textos (que li):
Que não seja imortal, posto que é "cilada, Bino!"
Mas que seja infinito enquanto corrigido.
O texto nasceu em 05/06/2012.